Vamos à escola?! Não!

Passou de facto algum tempo, mas na realidade só estas última semanas, pareceram bem mais longas do que foram na realidade... os dias que se seguiram ao primeiro dia de escola do Gui pareceram intermináveis.

Hoje, é mais fácil perceber, que é natural que o momento da separação dos pais ( que foram a sua maior referência nestes quase 2 anos) seja trágico. Mesmo que tenhamos ouvido de todas as frentes possíveis, que é normal, que eles fazem isto para obter atenção, que é uma espécie de chantagem emocional, que todos eles se adaptam, e muitas outras...foi difícil! Nem poderia dizer o contrário. É claro que se adaptam , é expectável que sim... temos em nós todas as capacidades para nos moldarmos e adaptarmos às circunstâncias, todas as crianças se adaptam...ou talvez alguns até não, mas isso não significa que não custe aos pais lidar com o facto de um "bebé" não querer aceitar que vai ficar num sitio completamente estranho  e com pessoas que nunca viu.
Acredito que por vezes são os pais que não se adaptam a esta realidade.

Parto sempre do princípio que todos os bebés são diferentes... que todas as crianças são diferentes, assim como nós adultos também não somos todos iguais, e por isso eu não sabia se iria ou não melhorar em uma, duas, três semanas ou três meses, no fundo eu não sabia se iria algum dia melhorar. O que eu sabia é que o meu coração ficava mesmo muito pequenino sempre que o deixava e que ficava (ainda fico) com um sentimento de felicidade profunda por saber que o vou buscar.


Foram duas semanas e meia de paciência, de miminhos redobrados, de lágrimas nos olhos, algumas dúvidas e apenas uma certeza... nenhuma opinião importaria mais, do que aquilo que sentíamos que estava certo, sabíamos que estaríamos apenas atentos a ele...ao que era melhor, e... correu bem.

Hoje faz 1 mês que começamos esta nova aventura, de o "dividir" com a escola, os professores e os amigos e hoje, quando o fui buscar, pela 1ª vez... ele não quis vir embora!
As melhoras, foram chegando aos poucos... em pequenos passinhos... custou? Custou! Mas mais uma vez percebemos que nisto destas pestes de palmo e meio, é mesmo preciso ter paciência... respirar fundo algumas vezes...ser firmes... sem nunca deixar de ouvir o coração... e seguir aquilo que ele baixinho nos diz.

<3

Vânia Gabriel